Um termo recente tem chamado a atenção no universo de marketing e construção de marcas: trata-se do growth hacking, uma tática de empreendedorismo que tem como base a criatividade, a análise de métricas sociais e o pensamento analítico com um foco bastante específico: o crescimento.
Assim como outros conceitos, o growth hacking precisa ser enxergado dentro de um contexto próprio para que faça sentido – nesse caso, o contexto específico é o do marketing digital, tendo em vista a utilização de técnicas de SEO, marketing de conteúdo e análise de sites que os entusiastas de growth hacking utilizam. Para Samir Patel, especialista em estratégias de crescimento digital, essa nova técnica permite um crescimento mais amplo e sólido, pois tem como base resultados mensuráveis. “Com o marketing tradicional, não era possível medir cliques, impressões, visualizações e downloads por exemplo. Não havia maneira de quantificar as coisas adequadamente”, afirma Patel em uma série de vídeos realizada pela Endeavor Brasil. Ainda de acordo com o especialista, agora é possível e viável acrescentar toda essa base de dados quantificável às ferramentas já utilizadas. “É isso que faz com que o growth hacking seja mais rico, pois conseguimos saber para onde o dinheiro está indo”, defende Patel.
Ainda de acordo com Samir Patel, a melhor maneira de estruturar uma equipe de marketing digital com foco em growth hacking depende da estrutura organizacional e da fase em que o projeto se encontra. Mas, em termos de habilidades necessárias, existem aquelas comuns a todas as fases. Confira a seguir quais são elas:
Para isso, Patel recomenda um Guru do Canal. “Por exemplo, se todo o seu tráfego vier do Facebook, você precisa ter um especialista nessa rede social. É uma necessidade-chave”, explica.
É fundamental ter alguém que entenda de matemática, estatísticas e ciências da previsão com conhecimento avançado de ferramentas como o Excel para realizar tabelas de pivô, por exemplo. Na área de finanças, esses profissionais são conhecidos como Quants.
Também conhecido como VP de Crescimento ou Chefe de Crescimento. É esse o profissional responsável pela entrega dos KPIs de crescimento, que irão indicar qual direção deve ser seguida.
É o membro da equipe que conhece toda a mídia mensurável, Google Analytics e Mixpanel para descobrir quais são os KPIs que devem ser estabelecidos para cada canal. “É imprescindível alguém que saiba medi-lo, rastrear os usuários e definir comportamentos. Seja para web ou para mobile”, detalha Patel.
Nessa fase do projeto, um designer é essencial justamente por otimizar a experiência do usuário, gerar empatia com a marca e desenvolver uma boa interface. Tudo isso agrega valor à equipe de crescimento.
O departamento de marketing sempre tem muitas ideias e, geralmente, quer testar várias coisas, mas é imprescindível ter alguém que de fato saiba programar, fazer a simulação e colocar o projeto no ar. Além disso, talvez seja necessário customizar os códigos para realizar testes.
Ter um bom redator na equipe é essencial para despertar interesse pelo produto. “A escrita do redator é muito importante porque ajuda em todas as partes do processo, desde a aquisição até a retenção do usuário”, conta Samir Patel. A redação estará em todos os lugares: no app, no site, no e-mail marketing. Textos curtos e sucintos são muito importantes.
Para aqueles que têm interesse em implementar o growth hacking no marketing digital da empresa, mas não podem investir muito no momento, Patel indica ferramentas básicas grátis que a maioria das start-ups pode utilizar:
Google Analytics, Mixpanel ou Kissmetrics: plataformas de métricas;
Snowplow: ferramenta de código aberto;
Saleshack ou Linkedin Prospecting: para a coleta de e-mails. Permite a obtenção dos endereços de e-mails de vários usuários.
– www.growthhacker.com e www.growthhacker.tv (com entrevistas e fórum com dicas);
– 500startups (com vídeos sobre crescimento);
– LIVROS: Traction, Running Lean e Lean Analytics.
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